terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Era uma casa...

Em algum lugar havia uma casa, de fachada limpa e bonita. As vezes quem passava nem a percebia, as vezes a achava linda. Mas, ninguém nunca quis entrar na casa. Nunca ninguém percebeu que aquela casa já não era habitada há muito tempo... A fachada era a mesma, mas, passando pelos portões observava-se todo o abandono daquela moradia, todo o vazio que aquela casa abrigava. O chão estava sujo e coberto de mato, suas paredes com rachaduras, algumas janelas quebradas... Aquela casa estava vazia. Uma casa tão linda e abandonada Uma casa que um dia foi um lar muito feliz, com belos jardins, cortinas, tapetes, crianças com sonhos correndo pelas suas portas e risadas ecoando pelos corredores, hoje apenas o silêncio e o silvo dos ventos. Nenhuma placa de aluga-se ou vende-se. Apenas uma bela fachada e portões guardando todos os fantasmas do passado.

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Desenlace.

É necessário lançar-se de um abismo ao nível do mar, desapegar-se de si e levantar vôo quando estiver próximo da colisão, pois, apenas assim, deixando toda a bagagem do passado, poderá reerguer-se... Permita-se transformar suas dores em ventos.

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Cômico.

Percebo hoje quão cômica e trágicas são as coisas. Há um ano atrás, eu chorava por um ex- tatuado, instável e estranho, 3 meses depois eu chorava por um garoto da mesma idade que eu, inseguro, sarcástico e indeciso, hoje sofro pelo "atual-ex-" que é em muitos aspectos diferente destes dois anteriores. Hoje encontrei o garoto da mesma idade, conversamos um pouco, algumas piadas típicas dele e surge aquele pensamento cretino:
- " Eu chorei por isso? Sofri tanto por esta pessoa que mal reconheço, mal percebo e não observo nada notável. "
Continuei conversando, ele fez uma brincadeirinha e eu sorrio de volta com tanta liberdade em meio sorriso. Aquele sorriso que carregava todo o sarcasmo, ironia, despeito, ousadia e principalmente alegria.

Ainda estou inconformada por ter chorado tanto por algo que não valia a pena.
(y)

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Torne-se um lago...

O copo d'água

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- "Qual é o gosto?" perguntou o Mestre.
- "Ruim " disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:
- "Beba um pouco dessa água". Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
- "Qual é o gosto?"
- "Bom!" disse o rapaz.
- Você sente gosto do "sal" perguntou o Mestre?
- "Não" disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:

- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo...
Torne-se um lago...

Autor desconhecido
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domingo, 30 de agosto de 2009

House.

Eu sou como uma casa vazia, com os móveis cobertos e o seu retrato empoeirado é a única lembrança que houve vida em mim.


- Frases de novela mexicana, ainda escrevo uma.

O fim...

Aquele sentimento básico de auto-preservação, amor-próprio e auto-estima fugiram há alguns anos. Existe este orgulho ridículo e esta expressão de derrota estampada no verso. Agora, eu me jogo, imploro, choro e agrido. Faço drama e faço bico, bato o pé e espero que você me abrace. Mas, desta vez você disse que iria embora para sempre, que não suportava mais as situações, a pressão e a mim. Eu agora espero, faço a comediante, a ironica, a egypcia, a cretina, a selvagem, a ridícula, a neurótica, brinco de fantástico mundo de Bob sozinha e imagino você voltando e querendo ser meu abrigo. Dizia que você era minha vida e vejo o quão correta eu estava.

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sábado, 27 de junho de 2009

Equivalência

Algumas equivalências básicas:


Quando alguém disser:
- Você é quem sabe.
Na verdade ela quer dizer:
- Não.

Quando alguém disser:
- Você é quem sabe.
Ela quer dizer:
- As consequências são óbvias, você sabe o que quer para o seu futuro, faça isso e seja um feliz solteiro.

Quando alguém disser:
- Talvez.
Ela quer dizer:
- Não.

Quando alguém disser:
- Você ficará brava comigo se eu fizer tal coisa?
Ela quer dizer:
- Você não dará uma de neurótica agora, não é?

E se lhe responderem esta pergunta com um:
- Tanto quanto você ficaria.
Ela quis dizer:
- Você é quem sabe [2]
ou
- Claro que não, eu só adoraria socar-lhe até o seu sangue coagular no nariz, gritar no seu ouvido o quanto eu detesto quando você faz isso e que EU sei que sentirei-me culpada a ponto de ceder o que você tanto deseja.

Quando alguém disser:
- Vontade dá e passa...
Ela quis dizer:
- Já que você é neurótica e dramática, não vou mais, entretanto, sei que você mudará de opinião, mesmo que seja para se remoer a noite inteira.

Quando alguém disser:
- Você não quer sair? Vá e se divirta.
Ela quis dizer:
- Você quem sabe. [2]
ou
- Fique em casa e divirta-se como eu farei
ou
- Eu vou morrer de ódio amanhã, se você realmente tiver saído.

Quando alguém disser:
- Você ainda está brava comigo?
e ela lhe responder:
- Esquece, já passou...
Ela quis dizer:
- Claro que eu estou, mas, boa parte é drama, lhe tratarei diferente para você se remoer, me agradar e fazer minhas vontades.

Quando alguém disser:
- Sabe que dia é hoje?
Ela quer dizer:
- É bom se lembrar, ou teremos sérios problemas.

Quando alguém disser:
- Desculpe-me.
Você continuará lembrando das equivalências que não mudaram os fatos.

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

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Evite suas falsas condolências, a minha tristeza é a sua alegria. Deixe der ser esta vadia puritana e pare de me dar seus pêsames, você NÃO sente muito, você NÃO torcia para que desse certo, NÃO, NÃO e NÃO. Vamos ser sinceras, você sempre foi esta cretina safada que fez milhares de insinuações e usou de vários artifícios para conseguir o seu objeto de desejo, mas, NUNCA conseguiu. Apesar da minha tristeza ser o motivo da sua festa, porque eu vi a felicidade nos seus olhos, sua sacana, eu duvido que terá o que sempre quis, mesmo porque, apesar de livre você continua feia. Ahá.


Deus Abençoa 2.

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Engatilhe.

Eu resolveria um problema com uma arma, resolveria metade deles com uma bazuca e resolveria todos com uma arma nuclear ou, o contrário apenas uma bala para me salvar.


. Alguém sabe fazer bombas caseiras?!


¬¬"

Porque Deus abençoa. ahá. ô.õ

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

As compulsões de uma obsessiva. (Parte 1.)

. O tempo aqui não é válido, um devaneio pode durar horas ou segundos em tempo real e paralelamente ter uma duração inúmeras vezes maior. Esqueça suas crenças, seus medos e desejos, você já não pertence ao mundo da razão, seja bem-vinda as obsessões, à aceleração cardíaca, visão borrada, agitação, agressividade, melancolia, histeria, compulsões, aqui você é livre e tão limitado, aqui é onde há um começo sem final, porque aqui não é uma instituição, não tem leis, regras, apenas vida, emoção e raciocínio. Esta aí os princípios de tudo, raciocínio, menos Quociente Intelectual (também conhecido por Q.I. e neste caso, não é quem-lhe indica), mais realidade, mais Q.I. menos real. Repetitivo, mas, sincero. Alguns são obsessivos por doenças, medos, mortes, remédios, objetos, números, cores, datas, sonhos, passos, riscas, quadrados, maçanetas, faixas, luzes, apenas obsessivos, há aqueles que tem suas obsessões entre todas as outras citadas e as não citadas, pensamentos. Pensamentos que corrompem o cotidiano, invadindo a atividade que normalmente seria realizada em primeiro plano, para uma sucessão de pensamentos, em mão-dupla, sem qualquer sentido para outra pessoa, a teoria é complexa a prática é tão simples que o indivíduo não percebe as idas e vindas desta compulsão obsessiva também conhecida como DEVANEIO. Em mais uma destas viagens sem sentidos, a pequena neurótica entra por caminhos desconhecidos, vive o passado, pensa em tudo o que aconteceu, revive como em um filme, com atitudes rápidas, rota angular e pensamentos em películas,vive o presente e o futuro, tudo ao mesmo tempo, por mais impossível
que pareça a você, queridíssima, para um observador qualquer, ou ela havia perdido um objeto e estava andando de um lado para o outro ou estava em sérios apuros e procurando uma saída. Eis, a questão, procurar a saída. Ela andava em passos milimetricamentes centrais nos quadrados maiores, sem pisar nas riscas, 7 passos a frente, no 7º um giro e volta a contar pelo 1, assim, fazendo caminhos físicos para gastar energia e a mente correndo rapidamente ou desesperadamente a saída, mas, se aproxime, meu bem, vou lhe contar um segredo, as saídas não existem, mesmo que ela relaxe e desligue-se, ele voltará. Quem é ele? O devaneio, claro.
Esta criança vive em 3 mundos e não me venha com o seu pensamento limitado de: - Ah, tá, eu já disse, presente, passado e futuro, não importa a ordem. - Ela sobrevive no primeiro mundo: Onde ela sorri; no segundo mundo: Onde todos sorriem; no terceiro mundo: Onde não há sorrisos. O primeiro é o submundo social em que ela subexiste, onde sana suas necessidades básicas, o segundo mundo é aquele que todos vocês vivem, chamado de capitalismo, socialismo, religião, regras, comportamentos, enfim... você compreendeu. E o terceiro mundo é onde as dores são vividas de três formas, três intensidades, todas aleatórias e sem sentido até mesmo para a menina. Este terceiro mundo é o que falamos o tempo inteiro, devaneios. Ele inicia e cessa sem controle, apenas uma pausa para logo voltar...

continua...

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As compulssões de uma obsessiva. (Parte 1.)

O tempo aqui não é válido, um devaneio pode durar horas ou

segundos em tempo real e paralelamente ter uma duração

inúmeras vezes maior.
Esqueça suas crenças, seus medos e desejos, você já não

pertence ao mundo da razão, seja bem-vinda as obsessões, à

aceleração cardíaca, visão borrada, agitação, agressividade,

melancolia, histeria, compulsões, aqui você é livre e tão

limitado, aqui é onde há um começo sem final, porque aqui não

é uma instituição, não tem leis, regras, apenas vida, emoção

e raciocínio. Esta aí os princípios de tudo, raciocínio,

menos Quociente Intelectual (também conhecido por Q.I. e

neste caso, não é quem-lhe indica), mais realidade, mais Q.I.

menos real. Repetitivo, mas, sincero. Alguns são obsessivos

por doenças, medos, mortes, remédios, objetos, números,

cores, datas, sonhos, passos, riscas, quadrados, maçanetas,

faixas, luzes, apenas obsessivos, há aqueles que tem suas

obsessões entre todas as outras citadas e as não citadas,

pensamentos. Pensamentos que corrompem o cotidiano, invadindo

a atividade que normalmente seria realizada em primeiro

plano, para uma sucessão de pensamentos, em mão-dupla, sem

qualquer sentido para outra pessoa, a teoria é complexa a

prática é tão simples que o indivíduo não percebe as idas e

vindas desta compulsão obsessiva também conhecida como

DEVANEIO.
Em mais uma destas viagens sem sentidos, a pequena neurótica

entra por caminhos desconhecidos, vive o passado, pensa em

tudo o que aconteceu, revive como em um filme, com atitudes

rápidas, rota angular e pensamentos em películas,vive o

presente e o futuro, tudo ao mesmo tempo, por mais impossível

que pareça a você, queridíssima, para um observador qualquer,

ou ela havia perdido um objeto e estava andando de um lado

para o outro ou estava em sérios apuros e procurando uma

saída. Eis, a questão, procurar a saída. Ela andava em passos

milimetricamentes centrais nos quadrados maiores, sem pisar

nas riscas, 7 passos a frente, no 7º um giro e volta a contar

pelo 1, assim, fazendo caminhos físicos para gastar energia e

a mente correndo rapidamente ou desesperadamente a saída,

mas, se aproxime, meu bem, vou lhe contar um segredo, as

saídas não existem, mesmo que ela relaxe e desligue-se, ele

voltará. Quem é ele? O devaneio, claro.
Esta criança vive em 3 mundos e não me venha com o seu

pensamento limitado de: - Ah, tá, eu já disse, presente,

passado e futuro, não importa a ordem. - Ela sobrevive no

primeiro mundo: Onde ela sorri; no segundo mundo: Onde todos

sorriem; no terceiro mundo: Onde não há sorrisos. O primeiro

é o submundo social em que ela sub-existe, onde sana suas

necessidades básicas, o segundo mundo é aquele que todos

vocês vivem, chamado de capitalismo, socialismo, religião,

regras, comportamentos, enfim... você compreendeu. E o

terceiro mundo é onde as dores são vividas de três formas,

três intensidades, todas aleatórias e sem sentido até mesmo

para a menina. Este terceiro mundo é o que falamos o tempo

inteiro, devaneios.Ele inicia e cessa sem controle, apenas

uma pausa para logo voltar...


continua...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Considerações.

Venho dormindo um sono sem sonhos, as vezes alguns pesadelos, muitas baratas, bodes, rituais, indiferença, submissão, medo, pânico. Pânico... Acredito que seja a melhor palavra para definir o estado que entro entre os estados de apatia latente, ódio e vulnerabilidade, além da maravilhosa TPM que veio me visitar esta semana, para que eu me sinta mais frágil, insegura e emotiva. Sinto-me presa em grilhões de conformidade.
Deixei de ser verbo para ser substantivo, deixei de ter ação.
Quanto tempo isso durará?!
Preciso do meu analista novamente.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Frases de V.

1º dia da Virada Cultural Paulista, muita agitação, alegria e risos. Estava super animada, viro pra Y e digo:

- Ai X não é incrível?
V responde calmamente:
- Cuidado, pessoas incríveis causam dores incríveis.

. Eu ainda estou pensando nisso.

Nós enviamos.

Depoimentos que demonstram uma ligação que apenas nós entendemos:


A primeira de nós que descobre músicas fodas, mostra para a outra: ploriferação de bom gosto.
A que assistir vídeos engraçados passa pra outra: rir é o melhor remédio.
Podemos ter certeza de que pelo menos nós duas lemos nossos textos bloguísticos: uma questão de bom gosto.
A que tiver mais novidades, puxa papo: quase nunca sou eu =/
Quando uma precisa desabafar, a outra está sempre a postos: companheirismo.
A primeira de nós duas que ficar rica-milionária adota a outra: trato.
Sem querer, querendo uma já faz parte do dia a dia da outra: amizade.

Nah, valeu por tudo, cumadi. ;)

Camila Rufine.
---.---


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Entre cliques avulsos, tédio rotineiros de madrugada, cheguei a um profile, li o perfil, vi um link de um blog e pensei: - Por que não? - O acaso me levou a um texto maravilhoso que coincidia com situações semelhantes que vivia. Coloquei o link em favoritos e comecei a ler todos os textos, cada um trazia um retalho de emoções que mexiam comigo, que faziam sentido com alguns pensamentos avulsos e criei coragem para comentar e mandar um recado no orkut e imaginei: - Lá vai a "tiete". Surpreendentemente ela respondeu e a conversa fluiu. Após alguns dias de conversas longas, criei coragem para mostrar um de meus textos e ela incentivou-me a construir meu blog.
A amizade veio galgando espaço entre a distância e criando um elo forte de cumplicidade, companheirismo e segredos. Entre milhares de coisas que não compreendo, só percebo que o destino me trouxe até aqui e conheci uma pessoa incrível e formidável, que a cada dia acrescenta conceitos, virtudes, valores que havia perdido a esperança de encontrá-los em alguém que pudesse chamar de amiga.

Obrigada por fazer parte da minha vida e por me ensinar lições que são inesquecíveis.
"Cumadi" nossas divagações tornaram-se um vício que aguardo ansiosamente.

Nájyla.

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terça-feira, 12 de maio de 2009

Conformada.

Este é o pior sentimento que eu poderia sentir, conformação. Estou tão exausta, tão farta e perto de uma estafa que me conformo com as situações, com as pessoas, com os erros... Até por isso postei o texto do Arnaldo Jabour. Eu compreendo que remexer, revirar-me e passar as noites em claros não me trarão respostas e nem alento, apenas os fatos por si são explicativos, eu que não quero aceitar. Todo mundo tem defeitos, virtudes, erros, acertos. Basta aceitar ou não. A vida segue seu curso normalmente apesar das quedas e só eu posso continuar caminhando.

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Reflita e admita.

No fundo ela só queria ser amada, ser respeitada, ver os sonhos concretizados, encontrar o grande: "... e viveram felizes para sempre.". Ela não queria ganhar na loto, ser a mais bonita, famosa, ter todo o glamour do sucesso, seus sonhos são simples e embalados por canções antigas... (8) "... na rua, na chuva, na fazenda ou em uma casinha de sapê...", sonhos que toda mulher desde pequenina têm: um grande amor, uma linda família, uma casa e um cachorro, passeios com as crianças, desdobrar-se entre emprego, escola, casa e cama. Reclamar da rotina mas, no fundo sentir-se segura com os defeitos, virtudes e abraços noturnos que reconfortam. Fazer compras, pesar legumes e durante a fila falar sobre coisas banais, como tempo, preço dos produtos, crianças, relacionamentos. Assinar revistas que não dizem muito mas, lembram muito a casa de alguma mulher amada e com família, nada extravagante, apenas as de sempre, Cláudia, Casa e até mesmo Caras. Costurar uma camisa, trocar fraldas, dar banho no cachorro, brigar com os filhos para fazer a lição, lembrá-los de levar um agasalho... Deitar exausta e sentir o calor do outro, roçar os pés em uma manhã de domingo, sorrir ao conquistar coisas simples ou apenas dormir próximos...
Coisas que quase toda mulher sonha, mas, não admite. Estamos no século da tecnologia, feminismo e individualidade imparcial. Fingimos a naturalidade de traições, descaso, depressão pré-durante-pós qualquer motivo, pílulas para dormir, para acordar, para comer e emagrecer. Falta comunicação na era mais comunicativa. Ela finge bem, até mesmo quando está sozinha, quase acredita, mas, tem dias e dias longos que quando ela deita sozinha, em sua grande notável independência financeira e liberdade de expressão que ela percebe que evoluiu com tudo, apenas esqueceu de cultivar a maturidade emocional. Mas, um dia ela esquece os sonhos ou aprende que palavras são apenas castelos construídos em areia, muda de visual, roupa, bairro, faz academia e terapia, compra vinhos e lingeries para qualquer momento, escreve um livro e desfila entre colunas sociais. Para no final das décadas chegar a conclusão que sua vida foi tão repleta de horários e cronogramas para não perceber que a única conquista que não conseguiu foi o amor, ser amada e respeitada, apesar de ter sido uma boa menina esta princesinha não teve o seu "... e viveram felizes para sempre.".

.Obs: Ela passou a vida se perguntando:
- Porque é tão difícil conseguir alguém que realmente me ame, se estou disposta a amar alguém?


Cooperação e apoio significativo - Nemesis.

sábado, 9 de maio de 2009

Indiferença.

O que me mata é a indiferença, esta sim é cretina. Dizem que a antítese do amor é o ódio, eu não concordo, eu acredito que seja a indiferença, esta sim, chega devagar, imperceptível e quando você percebe ela está sentada na sua sala, tomando do seu café, usando a sua poltrona, fumando um cigarro seu e jogando cinzas no tapete.

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Maquiagem.

Ela ainda chora sozinha em silêncio no escuro, para que ninguém perceba sua dor, perde o controle por coisas que só ela acha importe, perde a vontade, o desejo, o sorriso, a alegria... Esconde-se para não mostrar seus medos, guarda milhões de palavras, tranca tantas coisas que as vezes sufoca-se...
Nega qualquer pergunta sobre alguns assuntos críticos, mas, sabe que no fundo algumas pessoas percebem a fragilidade do tema ou que algumas vezes distancia-se furtivamente pela sombra e lança longe fluídos estomacáis (que muitas vezes nem existem) de tantos acúmulos. Lava a face, sorri e parte dela perde-se, encontra-se, mas, na maioria das vezes ludibria-se.
Assim seguem os dias, as horas, os minutos incontáveis até o controle, falso controle ou até mesmo na fuga da auto-piedade que algumas vezes visita-a.
Ela lê demasiadamente para fugir de sua história e viver por alguns momentos a de outros, para encontrar a liberdade de ser tudo aquilo que não é. Acredita que no final de cada capítulo esteja as respostas para suas inquietações e todo poente ainda espera pelo príncipe encantado.
Confabulando com as fábulas ela prossegue seu caminho, devaneando novas vidas a procura da verdade. A própria verdade.

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Nachtliebewein Fino.

Feriado prolongado, boas e péssimas situações. Descanso, ausências, jogos, viagens, amigos, chateações, gargalhadas, decepções, abraços, lágrimas, uma efusão de sentimentos. Unhas pintadas de vermelho, chinelos, moleton, cabelo descuidadamente presos, uma aliança e sentimentos tão solitários que não chegam a ser sentimentos, apenas sensações de nada. Como se nada tivesse alguma definição concreta. Inquietude e serenidade. A leitura não está interessante, a bebida perdeu o sabor e a música apenas um fundo branco. Insônia. Sensibilidade exacerbada, pequenos choros ao longo das horas. Melancolia. Olhares fixos e pensamentos aleatórios. Monotonia. Uma vontade de compreender, encontrar-se, resolver-se, sentir-se. Alusão. Um pouquinho de pirlimpimpim resolveriam meus dilemas. Pílulas não me entorpecem mais.

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domingo, 12 de abril de 2009

Pré-despedida.


Quando soubemos da notícia da sua chegada, minha mãe desesperou-se, eu fui levemente indiferente, achava meio bizarro, minha irmã chorava e meu pai estava calmo. Após um tempo ela chegou, expectativa a mil, será que eu gostaria dela? ela gostaria de mim? ela seria feia? loira? morena? com pintinhas roxas? Ela chegou e fui vê-la, estava dormindo, toda embrulhadinha em uma manta laranja, vestida com um macacão vermelho que tinha uma gola xadrez com branco. Ela era tão linda, talvez muito mais do que eu havia imaginado. Eu a peguei no colo e senti os seus 2 quilos e 900 gramas, seus 50 cm e sua respiração suave. Suas bochechas gordas e rosadas, um cabelinho ralo e liso, que futuramente virariam cachos. Ali estava a Lis, minha sobrinha. Após três anos e algumas semanas, ela vai embora, morar com a mãe na cidade vizinha. Ela deixou de ser apenas o bebê, a sobrinha, ela é minha amiga, minha confidente, minha companheira de bagunça, minha inimiga mortal, minha Lelé (Cinderela), meus sorrisos e minha vida. Passei o dia com a cara fechada, não querendo admitir o quanto me dói vê-la ir. Sentirei falta de todos os momentos, até quando ela roubava minhas maquiagens e passava na parede do meu quarto., quando pegava meus vestidos escondida, vestia o salto, a bolsa e desfilava em frente ao espelho, até mesmo do último aniversário que não me deixou chegar perto do bolo, porquê disse que iria soprar as velas antes dela. Eu espero ser sempre a Titi, a tiá, o pinci, a tia naj. Meu bebê que agora é muito mais do que muita gente grande. Recordo-me da primeira palavra que foi Titi, para desgosto da minha irmã. Recordo-me dos primeiros passos, daqueles dois dentes que nasceram primeiro que todos e ficaram marcados por semanas no meu nariz, das vezes em que eu estava de péssimo humor e que me trancava no quarto por horas e você vinha com todo o seu brilho nos olhos e batia na porta e dizia: " – Tiááááh, abriu Lis ". E eu abria a porta com a pior cara do mundo, você gargalhava e abraçava as minhas pernas. Recordo-me que você invadiu o meu quarto várias vezes que eu estava chorando, pegou na minha mão e disse: " – Vem Tiááááh, não choise " – ( vem tia, não chora ), ou quando apenas me beijava na testa e ficava abraçada comigo. Ah, meu bebê, eu gostaria de ter todo o poder e magia que você me deu e fugir para uma terra bem distante onde haveria apenas riso, cores vivas e bastante doce. Agora eu tenho que ser adulta e dizer até breve para a pessoa que mais me faz feliz no mundo, apenas 5 dias para me acostumar com isso, mas, eu estarei lá sorrindo mesmo que por dentro esteja quebrada. Amo você.

Tiáááh.
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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Felicidade x Dor.

Lendo o texto de um amigo fiz um comentário e gostei. Resolvi postá-lo.

" Querido, nada é em vão. Até mesmo as grandes dores, que muitas vezes nem eram tão grandes, os grandes amores que as vezes não passaram de pequenas paixões. Temos tendência a dramatizar e somatizar os obstáculos / problemas / situações / medos / etc. Tudo isso passa, nada é eterno. Abrace a sua dor por algumas horas e esqueça-a. Você tem todo o direito de sofrer, mas, tem o dever de levantar e seguir em frente. A felicidade não é constante, é momentânea, assim como a tristeza. Então, acalme seu coração, o som da sua risada está por vir. "

=*

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domingo, 29 de março de 2009

Dois estranhos no meio do gueto.

Noite de sábado, nada para fazer, a espera de uma visita ou telefonema. Horas arrumando o cabelo, expectativa, cansaço, expectativa, decepção, expectativa, raiva. Maqueia-se, calça o salto, faz algumas poses em frente ao espelho para convencer-se que está feliz e bonita, dá um último afago na sobrinha, veste a jaqueta, coloca a bolsa no ombro e sai de moto. Corre um pouco além do que seria seguro, mas, seus pensamentos estão voltados para a bolsa, ela está vibrando? O celular irá tocar? Chega ao destino, percorre o quarteirão em velocidade relativamente baixa, apenas para sentir o ambiente, estaciona a moto, olha-se no espelho, arruma o cabelo e sai andando decidida. Algumas voltas sem rumo até convencer-se que os amigos não estão ali, senta-se na moto e os observa chegando por outro caminho. Cumprimenta-os, atravessam a rua e pedem dois cachorros-quente simples e um sem salsicha, afinal, seu amigo entrou na onda dos vegetarianos, pedem dois guaranás, fofocam, voltam à praça, cumprimentam algumas pessoas, sorriem e ela diz: Jow, vamos comprar cigarros? Ele diz que sim e o outro próximo diz: – Eu vou também, ela sorri e diz: – Na biz só cabem dois. Ele pensa e continua: – Jhon, fique aqui, você conhece mais gente e eu vou com ela. Jow diz: – Vocês vão voltar? Eles apenas sorriem e dizem: – sim. Os dois vão sorrindo e conversando, ela faz o contorno, entrega o capacete e a bolsa, vão a uma conveniência que está fechada, vão a outra e ele diz: – Vamos na outra, sentaremos e tomamos uma cerveja. Ela concorda e mudam de destino. Atravessam a cidade fazendo piadas e rindo. Chegam a tal conveniência, compram LM Azul, duas Brahma e sentam-se na mesa a esquerda, isolados, praticamente os únicos ali. Conversam sobre tantas coisas, compartilham experiências e piadas. Sorriem. Aos poucos eles vão chegando, ligam seus carros, dançam funk, fazem poses e realmente acreditam que estão "abalando" o lugar com seus trejeitos pré-moldados com os amigos. Passam algumas horas, acabou o dinheiro, compram duas Bavarias e continuam conversando, ou pelo menos tentando, agora o som está tão ensurdecedor que a comunicação torna-se estritamente visual. Alguns conhecidos passam. Após três horas tortuosas e hilárias de funk e rap, muitos risos, piadas e olhares sarcásticos eles desistem, voltam para casa e conectam-se ao comunicador instantâneo e dizem: – Olá, tudo bem? hahaha. Após uns quinze minutos, a janela levanta-se novamente e diz: – Não resisti, leia. Ele responde: – masturbando-me, pera .A transferência de "dois estranhos no meio do gueto.txt" está concluída. Expectativa dela. Alguns minutos e ele diz: – kkkkkkkkkkkkk. Que merdaaaaaaaaa. Muito booooooooom ficará pra história. Ainda mais que me fez brochar pelo texto ser mais interessante que os vídeos pornográficos. Ela ri e ele diz: – Amo você. Ela sorri e diz: – isso pode ser adicionado ao texto, hahaaha. Amo você também. Ele diz: – Acrescenta o fato de brochar me. E me deixa em paz um segundo. Ela ri alto e diz: – Okay. Apenas expectativa e a noite continua em seu ritmo normal.

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quarta-feira, 25 de março de 2009

Insegura.

. se todos nós fossemos seguros, acreditariamos em espelhos e não em pessoas.

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terça-feira, 24 de março de 2009

Modernidade.

Estou farta de rimas em demasia, clichés sobre a mulher moderna, que procura desesperadamente convencer-se que não precisa de ninguém , que no fundo é carente, chora aos domingos e noites frias por estar sozinha e sorri fingindo estar tudo bem. Exausta de treinar sorrisos em frente ao espelho e criar situações onde minha felicidade é tão plástica que torna-se espontânea.
Preciso de férias, um livro, cigarros e um cachorro.

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segunda-feira, 23 de março de 2009

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É, eu cansei. Cansei de uma forma que talvez nunca tenha me cansado. Cheguei quase a enlouquecer com coisas perfeitas que não eram assim tão perfeitas, e eu me destruí. Ainda sinto os olhos marejados de lágrimas com tanta dor e decepção olhando-me com tanto amor e nada fiz para mudar isso. Talvez ceguei-me diante de minha dor e me apoiei em falsas promessas e tristes desejos. E continuo só em meu vazio.


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Lost

E eu me encontro. Não crio ou dramatizo, modifico e imperceptivelmente sou uma nova, ora meiga, ora agressiva. Mordo o vazio com força e minha mandíbula se sobressai, respiro fundo, levanto o rosto e aquele sentimento de solidão abre espaços para ironia e finjo que me encontro.
Ás vezes me encontro no vento que percorre as encostas do imaginável, me encontro em devaneios ou em contos, músicas e até mesmo em pássaros, sempre me encontro. Mas, este encontro com o real e as outras é devastador, rápido e estranhamente maravilhoso, solto minhas amarras e acendo um cigarro. Permito-me. Transporto-me. Encontro-me...


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Mettre un nom sur un visage...

Eu sempre espero que as coisas fiquem claras na manhã seguinte, entretanto, elas normalmente pioram, por mais pessimista e futuramente absurdo, elas conseguem piorar e algumas vezes meus erros limitam-se à ausência de palavras/ações ou proporcionalmente o inverso, acabo por falar/agir demasiadamente. Meus intuitos geralmente são impulsivos e perco oportunidades por não ter o hábito de imaginar TODAS as possíveis consequências. Ainda perco-me entre realidade e devaneios, o que me trás perspectivas que se distorcem nas prosas de alguns. Palavras ecoam e risos fazem à batida de minhas confusões. Decepciono-me a cada passo, não culpo ninguém por minhas ilusões, o meu erro é o mesmo, espero qualidades que não estão prontos para compartilhar e novamente embalo-me em novas aspirações que se sucumbem nas facínoras tão queridas.Minha sensibilidade a pequenas gotas de humor são repelidas por sorrisos e atos desenvoltos. Novamente inicia-se a guerra interna e volto ao princípio mais "forte e ausente".


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