segunda-feira, 20 de abril de 2009

Nachtliebewein Fino.

Feriado prolongado, boas e péssimas situações. Descanso, ausências, jogos, viagens, amigos, chateações, gargalhadas, decepções, abraços, lágrimas, uma efusão de sentimentos. Unhas pintadas de vermelho, chinelos, moleton, cabelo descuidadamente presos, uma aliança e sentimentos tão solitários que não chegam a ser sentimentos, apenas sensações de nada. Como se nada tivesse alguma definição concreta. Inquietude e serenidade. A leitura não está interessante, a bebida perdeu o sabor e a música apenas um fundo branco. Insônia. Sensibilidade exacerbada, pequenos choros ao longo das horas. Melancolia. Olhares fixos e pensamentos aleatórios. Monotonia. Uma vontade de compreender, encontrar-se, resolver-se, sentir-se. Alusão. Um pouquinho de pirlimpimpim resolveriam meus dilemas. Pílulas não me entorpecem mais.

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domingo, 12 de abril de 2009

Pré-despedida.


Quando soubemos da notícia da sua chegada, minha mãe desesperou-se, eu fui levemente indiferente, achava meio bizarro, minha irmã chorava e meu pai estava calmo. Após um tempo ela chegou, expectativa a mil, será que eu gostaria dela? ela gostaria de mim? ela seria feia? loira? morena? com pintinhas roxas? Ela chegou e fui vê-la, estava dormindo, toda embrulhadinha em uma manta laranja, vestida com um macacão vermelho que tinha uma gola xadrez com branco. Ela era tão linda, talvez muito mais do que eu havia imaginado. Eu a peguei no colo e senti os seus 2 quilos e 900 gramas, seus 50 cm e sua respiração suave. Suas bochechas gordas e rosadas, um cabelinho ralo e liso, que futuramente virariam cachos. Ali estava a Lis, minha sobrinha. Após três anos e algumas semanas, ela vai embora, morar com a mãe na cidade vizinha. Ela deixou de ser apenas o bebê, a sobrinha, ela é minha amiga, minha confidente, minha companheira de bagunça, minha inimiga mortal, minha Lelé (Cinderela), meus sorrisos e minha vida. Passei o dia com a cara fechada, não querendo admitir o quanto me dói vê-la ir. Sentirei falta de todos os momentos, até quando ela roubava minhas maquiagens e passava na parede do meu quarto., quando pegava meus vestidos escondida, vestia o salto, a bolsa e desfilava em frente ao espelho, até mesmo do último aniversário que não me deixou chegar perto do bolo, porquê disse que iria soprar as velas antes dela. Eu espero ser sempre a Titi, a tiá, o pinci, a tia naj. Meu bebê que agora é muito mais do que muita gente grande. Recordo-me da primeira palavra que foi Titi, para desgosto da minha irmã. Recordo-me dos primeiros passos, daqueles dois dentes que nasceram primeiro que todos e ficaram marcados por semanas no meu nariz, das vezes em que eu estava de péssimo humor e que me trancava no quarto por horas e você vinha com todo o seu brilho nos olhos e batia na porta e dizia: " – Tiááááh, abriu Lis ". E eu abria a porta com a pior cara do mundo, você gargalhava e abraçava as minhas pernas. Recordo-me que você invadiu o meu quarto várias vezes que eu estava chorando, pegou na minha mão e disse: " – Vem Tiááááh, não choise " – ( vem tia, não chora ), ou quando apenas me beijava na testa e ficava abraçada comigo. Ah, meu bebê, eu gostaria de ter todo o poder e magia que você me deu e fugir para uma terra bem distante onde haveria apenas riso, cores vivas e bastante doce. Agora eu tenho que ser adulta e dizer até breve para a pessoa que mais me faz feliz no mundo, apenas 5 dias para me acostumar com isso, mas, eu estarei lá sorrindo mesmo que por dentro esteja quebrada. Amo você.

Tiáááh.
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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Felicidade x Dor.

Lendo o texto de um amigo fiz um comentário e gostei. Resolvi postá-lo.

" Querido, nada é em vão. Até mesmo as grandes dores, que muitas vezes nem eram tão grandes, os grandes amores que as vezes não passaram de pequenas paixões. Temos tendência a dramatizar e somatizar os obstáculos / problemas / situações / medos / etc. Tudo isso passa, nada é eterno. Abrace a sua dor por algumas horas e esqueça-a. Você tem todo o direito de sofrer, mas, tem o dever de levantar e seguir em frente. A felicidade não é constante, é momentânea, assim como a tristeza. Então, acalme seu coração, o som da sua risada está por vir. "

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