sexta-feira, 29 de maio de 2009

Considerações.

Venho dormindo um sono sem sonhos, as vezes alguns pesadelos, muitas baratas, bodes, rituais, indiferença, submissão, medo, pânico. Pânico... Acredito que seja a melhor palavra para definir o estado que entro entre os estados de apatia latente, ódio e vulnerabilidade, além da maravilhosa TPM que veio me visitar esta semana, para que eu me sinta mais frágil, insegura e emotiva. Sinto-me presa em grilhões de conformidade.
Deixei de ser verbo para ser substantivo, deixei de ter ação.
Quanto tempo isso durará?!
Preciso do meu analista novamente.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Frases de V.

1º dia da Virada Cultural Paulista, muita agitação, alegria e risos. Estava super animada, viro pra Y e digo:

- Ai X não é incrível?
V responde calmamente:
- Cuidado, pessoas incríveis causam dores incríveis.

. Eu ainda estou pensando nisso.

Nós enviamos.

Depoimentos que demonstram uma ligação que apenas nós entendemos:


A primeira de nós que descobre músicas fodas, mostra para a outra: ploriferação de bom gosto.
A que assistir vídeos engraçados passa pra outra: rir é o melhor remédio.
Podemos ter certeza de que pelo menos nós duas lemos nossos textos bloguísticos: uma questão de bom gosto.
A que tiver mais novidades, puxa papo: quase nunca sou eu =/
Quando uma precisa desabafar, a outra está sempre a postos: companheirismo.
A primeira de nós duas que ficar rica-milionária adota a outra: trato.
Sem querer, querendo uma já faz parte do dia a dia da outra: amizade.

Nah, valeu por tudo, cumadi. ;)

Camila Rufine.
---.---


.
Entre cliques avulsos, tédio rotineiros de madrugada, cheguei a um profile, li o perfil, vi um link de um blog e pensei: - Por que não? - O acaso me levou a um texto maravilhoso que coincidia com situações semelhantes que vivia. Coloquei o link em favoritos e comecei a ler todos os textos, cada um trazia um retalho de emoções que mexiam comigo, que faziam sentido com alguns pensamentos avulsos e criei coragem para comentar e mandar um recado no orkut e imaginei: - Lá vai a "tiete". Surpreendentemente ela respondeu e a conversa fluiu. Após alguns dias de conversas longas, criei coragem para mostrar um de meus textos e ela incentivou-me a construir meu blog.
A amizade veio galgando espaço entre a distância e criando um elo forte de cumplicidade, companheirismo e segredos. Entre milhares de coisas que não compreendo, só percebo que o destino me trouxe até aqui e conheci uma pessoa incrível e formidável, que a cada dia acrescenta conceitos, virtudes, valores que havia perdido a esperança de encontrá-los em alguém que pudesse chamar de amiga.

Obrigada por fazer parte da minha vida e por me ensinar lições que são inesquecíveis.
"Cumadi" nossas divagações tornaram-se um vício que aguardo ansiosamente.

Nájyla.

.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Conformada.

Este é o pior sentimento que eu poderia sentir, conformação. Estou tão exausta, tão farta e perto de uma estafa que me conformo com as situações, com as pessoas, com os erros... Até por isso postei o texto do Arnaldo Jabour. Eu compreendo que remexer, revirar-me e passar as noites em claros não me trarão respostas e nem alento, apenas os fatos por si são explicativos, eu que não quero aceitar. Todo mundo tem defeitos, virtudes, erros, acertos. Basta aceitar ou não. A vida segue seu curso normalmente apesar das quedas e só eu posso continuar caminhando.

.

Reflita e admita.

No fundo ela só queria ser amada, ser respeitada, ver os sonhos concretizados, encontrar o grande: "... e viveram felizes para sempre.". Ela não queria ganhar na loto, ser a mais bonita, famosa, ter todo o glamour do sucesso, seus sonhos são simples e embalados por canções antigas... (8) "... na rua, na chuva, na fazenda ou em uma casinha de sapê...", sonhos que toda mulher desde pequenina têm: um grande amor, uma linda família, uma casa e um cachorro, passeios com as crianças, desdobrar-se entre emprego, escola, casa e cama. Reclamar da rotina mas, no fundo sentir-se segura com os defeitos, virtudes e abraços noturnos que reconfortam. Fazer compras, pesar legumes e durante a fila falar sobre coisas banais, como tempo, preço dos produtos, crianças, relacionamentos. Assinar revistas que não dizem muito mas, lembram muito a casa de alguma mulher amada e com família, nada extravagante, apenas as de sempre, Cláudia, Casa e até mesmo Caras. Costurar uma camisa, trocar fraldas, dar banho no cachorro, brigar com os filhos para fazer a lição, lembrá-los de levar um agasalho... Deitar exausta e sentir o calor do outro, roçar os pés em uma manhã de domingo, sorrir ao conquistar coisas simples ou apenas dormir próximos...
Coisas que quase toda mulher sonha, mas, não admite. Estamos no século da tecnologia, feminismo e individualidade imparcial. Fingimos a naturalidade de traições, descaso, depressão pré-durante-pós qualquer motivo, pílulas para dormir, para acordar, para comer e emagrecer. Falta comunicação na era mais comunicativa. Ela finge bem, até mesmo quando está sozinha, quase acredita, mas, tem dias e dias longos que quando ela deita sozinha, em sua grande notável independência financeira e liberdade de expressão que ela percebe que evoluiu com tudo, apenas esqueceu de cultivar a maturidade emocional. Mas, um dia ela esquece os sonhos ou aprende que palavras são apenas castelos construídos em areia, muda de visual, roupa, bairro, faz academia e terapia, compra vinhos e lingeries para qualquer momento, escreve um livro e desfila entre colunas sociais. Para no final das décadas chegar a conclusão que sua vida foi tão repleta de horários e cronogramas para não perceber que a única conquista que não conseguiu foi o amor, ser amada e respeitada, apesar de ter sido uma boa menina esta princesinha não teve o seu "... e viveram felizes para sempre.".

.Obs: Ela passou a vida se perguntando:
- Porque é tão difícil conseguir alguém que realmente me ame, se estou disposta a amar alguém?


Cooperação e apoio significativo - Nemesis.

sábado, 9 de maio de 2009

Indiferença.

O que me mata é a indiferença, esta sim é cretina. Dizem que a antítese do amor é o ódio, eu não concordo, eu acredito que seja a indiferença, esta sim, chega devagar, imperceptível e quando você percebe ela está sentada na sua sala, tomando do seu café, usando a sua poltrona, fumando um cigarro seu e jogando cinzas no tapete.

.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Maquiagem.

Ela ainda chora sozinha em silêncio no escuro, para que ninguém perceba sua dor, perde o controle por coisas que só ela acha importe, perde a vontade, o desejo, o sorriso, a alegria... Esconde-se para não mostrar seus medos, guarda milhões de palavras, tranca tantas coisas que as vezes sufoca-se...
Nega qualquer pergunta sobre alguns assuntos críticos, mas, sabe que no fundo algumas pessoas percebem a fragilidade do tema ou que algumas vezes distancia-se furtivamente pela sombra e lança longe fluídos estomacáis (que muitas vezes nem existem) de tantos acúmulos. Lava a face, sorri e parte dela perde-se, encontra-se, mas, na maioria das vezes ludibria-se.
Assim seguem os dias, as horas, os minutos incontáveis até o controle, falso controle ou até mesmo na fuga da auto-piedade que algumas vezes visita-a.
Ela lê demasiadamente para fugir de sua história e viver por alguns momentos a de outros, para encontrar a liberdade de ser tudo aquilo que não é. Acredita que no final de cada capítulo esteja as respostas para suas inquietações e todo poente ainda espera pelo príncipe encantado.
Confabulando com as fábulas ela prossegue seu caminho, devaneando novas vidas a procura da verdade. A própria verdade.

.