sábado, 10 de março de 2012

Competição

Sentados em um elevador quebrado, discutem arduamente e exaustos desabafam:
- Não posso mudar quem eu sou...
- Nem eu...
- E o que faremos agora?
- Não estou com vontade de falar...
- Okay, nem eu...
Ela deita a cabeça em seu ombro e suspira...

Quando o amor não é suficiente para sua vida e ao mesmo tempo indispensável... Como lidar com tantas diferenças e necessidades?
Quando cegamos de tantas dores e rebeldias e a madruga assola com lembranças...
Inevitavelmente, segue-se em frente, incompletos, entretanto, adiante... Conscientes que racionalmente é o correto... Emocionalmente fragmentados...
Expondo convicções escritas e verbais de suficiência e indiferença... Intrisecamente vedados aos sentimentos...

Desapego e afeto, realmente, a quem estamos tentando enganar, aos outros, a pessoa que está apenas ocupando um espaço para nossa fuga ou para aqueles que deixamos para trás por divergências nada cedíveis?

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