Vivo a passarinhar
de flores em flores
tentando saber, Sabiá.
Inflando o peito,asas planando...
Cantarola, Canário
"Bem-te-vendo" nas lembranças.
Fulgaz, pardalzinho
caçando felicidade, pequeno falcão.
livre águia
não contenta-se com migalhas, só as pombas.
Nasceu para voar rápido
social Bavette,
as vezes Lóris e sua reclusão.
Doce agressivo, caboclinho,
tão majestoso Cardela da Virgínia;
comunica-se Mainá e
ame como um Meiro.
Melancólico como Patativa e Sabiá Laranjeira.
Encanta-me Rouxinol de Pequim
Purpurina alada,Sairá-de-Lenço
Baila em sorrisos, Tangará-dançarino
valente Trinca ferro
ilumina-me como um Tarim
Esplêndido, sua calma e timidez encantam
Voou envolta da minha vida, Agapórnis,
tornou-me Arara Vermelha de Asa Verde,
um Azulão e Diamante de Gould
me aquecendo com seus olhos...
Voa livre, pois odiamos gaiolas
Espero seu sopro de vida
em cada piar trazido com o vento.
Aguardo-o para um ninho
mesmo que diferentes espécies
não entrelacem
Aguardo que seja meu João-de-Barro
e ser seu Pinguim Imperial,
desastrado, barulhento e presente.
Que as asas se encontrem
e as espécies que vivem em nós
sejam a riqueza natural
de um abraço.
Voe passarinho e retorne ao meu abrigo.
sábado, 13 de junho de 2015
segunda-feira, 1 de junho de 2015
O garoto do pier
Ele ficou ali olhando,
o barco partiu no horizonte,
os remos incessantes
levando longe as esperanças.
O Sol deitava-se
nos lençóis marítimos
e o barquinho quase não se via.
O menino sentou encostando os pés na água,
cotovelos apoiados no joelho e as mãos no rosto,
olhava para baixo sem pensar em nada.
Avistou uma ostra
e mergulhou para pegá-la,
ao chegar perto era um ouriço
e ao espetar o dedo
adormeceu em profundo veneno
que lhe cegou...
Não mais esperava o barco.
Agora seu corpo
era uma âncora
em direção ao fundo
para segurar o barquinho...
Segurou-o até o musgo revesti-lo
e a escuridão e frio entorpeciam...
O veneno atingiu-lhe o coração
então, cansou de ser
e tornou-se submarino.
Submergindo das profundezas
em direção a luz...
E o barquinho?
Continuou à mercê das marés...
o barco partiu no horizonte,
os remos incessantes
levando longe as esperanças.
O Sol deitava-se
nos lençóis marítimos
e o barquinho quase não se via.
O menino sentou encostando os pés na água,
cotovelos apoiados no joelho e as mãos no rosto,
olhava para baixo sem pensar em nada.
Avistou uma ostra
e mergulhou para pegá-la,
ao chegar perto era um ouriço
e ao espetar o dedo
adormeceu em profundo veneno
que lhe cegou...
Não mais esperava o barco.
Agora seu corpo
era uma âncora
em direção ao fundo
para segurar o barquinho...
Segurou-o até o musgo revesti-lo
e a escuridão e frio entorpeciam...
O veneno atingiu-lhe o coração
então, cansou de ser
e tornou-se submarino.
Submergindo das profundezas
em direção a luz...
E o barquinho?
Continuou à mercê das marés...
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