quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Palavras...

Sempre dizem que vão voltar e não retornam, dizem que vão lhe amar e não amam, que lhe desejam mais que qualquer outra mas, não tocam, palavras tão acariciadas por um sentimento de necessidade e a perda sobrepuja todas as esperanças com um toque tão amargo...
" - Sempre quero beijar você e Pare! não tenho vontade... ". São frases que tornam sua vida desejável ou deplorável...
Quando a solidão lhe acalenta e imagina-se braços, suave respiração no pescoço com sensação de proteção, quando visualiza-se aquele sorriso que lhe faz prender o ar, quando seus olhos bailam ao vislumbrar todo o conjunto e sua mente fica inalterada por tal imagem... 
Quando tudo transforma-se em apenas um grito no escuro, o frio da indiferença, o azedo da perda e a inexatidão de sons...
Quando as coisas acontecem ficamos a mercê de dilemas e pensamentos obsessivos, tornamo-nos escravos das mais belas cores que jamais respiramos...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Fragilidade x Fortaleza

Sempre se preocuparam com suas lágrimas. Acreditavam que quando molhava a face, era quando se tornava mais frágil... Não podiam imaginar que quando os olhos secaram é que foi o momento mais delicado. Ela foi crescendo, misturando uma massa de pranto recolhido e, revoltada recalcada, ficou do tamanho do seu ódio. E de lá de cima, todos eram muito pequenos...
Quando a lamúria secou, seus lábios enrijeceram, seus olhos petrificaram e os punhos cerraram. Qualquer dor para desfocar a dor, qualquer luta para vingar-se de suas lutas, qualquer pecado para mortificar suas qualidades...

sábado, 1 de outubro de 2011

Inadequado...


Perdida entre desencontros, tantas verdades que eu já nem sei mais contar, meus sonhos se extinguiram e minha vida se esvai pelos dedos.
Quantas vezes serão necessárias bater na mesma porta, até que ela se abra e contenha a escolha certa?
Dentre todos aqueles que se foram, seguro com as unhas cada fragmento que posso tocar para que também não parta, deveras inevitável, o pranto se escoa e o tempo anula-se.
A despedida é iniciada e negada, as partículas se desprendem e gravitam em outro espaço
O riso fácil e jovial torna-se dissonante com a lamúria instalada naqueles olhos enevoados de devaneios.
A esperança instala-se em todos os poros e busca consolo em cada articulação para eximir a culpa. Atenua-se com delírios de uma garota retornando às lembranças saborosas.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Liberdade

E de tanta tristeza cessaram os batimentos.


Havia um belo pássaro azul que lamentava todos os dias, o fato de ser sido-lhe imposto uma gaiola.
Todos os dias acordava, olhava pela grade e pensava:
- Quero minha liberdade!
Mostrava-se muitas vezes agressivo, melancólico e até mesmo ausente de si, quando era o momento de ser tratado.
Cantava uma melodia triste, não suportava ver outros pássaros fazendo o que sentiam vontade enquanto ele estava fadado a limitações.
Certo dia, antes de dormir, cansado da vida que levava, bolou um plano e adormeceu com um sorriso no bico.
No outro dia, quando foram tratá-lo, conseguiu escapar e voou livremente pela janela, sua euforia era tanta, que não sabia nem para onde ir, voou adiante até suas asas cansarem, pousou e apesar de exausto, mal podia conter-se por estar finalmente livre. Entretanto, o tempo foi passando ao longo do dia, sentiu fome, sentiu frio, voou sem rumo para vários lugares buscando a felicidade tão sonhada...
Voou entre gansos, periquitos, maritacas, corvos, corujas e até mesmo com morcegos, procurando aquela sensação que devaneava no balanço de sua gaiola.
Após algum tempo, o pássaro tornou-se novamente melancólico, agressivo e até mesmo ausente de si, quando uma gaivota voava por perto e resolveu conversar um pouco:
- E aí marujo, o que manda?
- Eu não sei, estou só aqui parado pensando... - Disse o pássaro azul sem desviar os olhos do horizonte.
A gaivota retrucou:
- Pensando em que?
- Eu não sei dizer, estou procurando...
Novamente a gaivota falou:
- Procurando o que?
O Pássaro azul deu um grande suspiro, contou sua história para a Gaivota, que apenas balançava a cabeça e o bico para cima e para baixo. Quando terminou, ficaram em silencio alguns minutos, até que a Gaivota falasse:
- Marujo, a liberdade está dentro de você, há pássaros livres em gaiolas com seus humanos e pássaros em cativeiro quando em liberdade. A liberdade está em seu coração. A pergunta que deve responder é... Aonde meu coração está?
Terminou a frase e levantou voou seguindo seu percurso.
O Pássaro azul permaneceu no mesmo lugar durante muito tempo, procurando resposta para a pergunta da Gaivota. Começou a buscar dentro de suas lembranças aonde estava seu coração... Entre breves lágrimas e sorrisos, percebeu que antes de ver outros pássaros "livres" era feliz em sua gaiola, cantava alegremente todos os dias, acariciava a mão de sua dona todas as manhãs e havia desvalorizado todo o amor e lar que tinha, por uma ilusão. Afinal, concluíra que para cada pássaro há uma liberdade relativa e que a realidade do outro poderá nos deixar infeliz.
Levantou voou para voltar para casa, para sua gaiola, seu ninho e sua dona, voou adiante até suas asas cansarem, pousou e apesar de exausto, mal podia conter-se por estar finalmente na janela de sua casa.
Respirou fundo para cantar a mais linda das canções que jamais havia cantado quando ouviu outra música, procurou em volta entretanto, não via nenhum pássaro voando por perto ou pousado em uma árvore, ouviu novamente e olhou pela janela...
Não podia suportar, em sua gaiola havia outro pássaro, um pássaro amarelo, cantando alegre em seu balanço.
O Pássaro azul permaneceu lá olhando a noite inteira, o outro pássaro com a sua dona, alimentando-se e dormindo na sua gaiola...
Então chorou e de tanta tristeza cessaram os batimentos...

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Deleite...

De todos os amores, você despertou os meus sonhos mais doces, meus desejos mais quentes e meus sorrisos mais sinceros...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Sentinela...

Não há uma manhã que não pense no que virá a seguir, parece que todas as minhas atitudes estão erradas e quanto mais tento me aproximar, mais me distancio... A cada vitória que vibro esqueço-me que em poucos instantes cairei de joelhos com o fracasso... Esta competição está me enlouquecendo, não há nada que eu faça que seja o suficiente... O que há de tão errado comigo? Seria necessário o que para sorrir ou satisfazer... Este cheiro agridoce que apenas o prelúdio a dor tem é inebriante, em meu tórax sinto-o pequeno a cada minuto e fecho os olhos esperando aquele momento do qual quem já sofreu compreende...
Sinto-me tão só que os ciclos não fazem sentido, testes após testes e continuo aqui, dolorida mas, em pé...
Quantos sonhos a economizar enquanto não é permitido?
Apenas em pé e olhos opacos, resistindo as tempestades...



 (8) What About Now - Daughtry

What about now?
What about today?
What if you're making me all that I was meant to be?
What if our love never went away?
What if it's lost behind words we could never find?
Baby, before it's too late,
What about now?
(8)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sweetheart

Entregue-se em meus braços e esqueça seus medos, eu ainda estou adormecida e quero acordar com seus afagos...
Permita-se sonhar e sorria comigo, corra para mim e sinta meus olhos percorrerem suavemente seus traços.
Cante próxima aos meus ouvidos enquanto fecho os olhos e lhe abraço, deixe que a música nos embale onde possamos dançar suavemente nutrindo nossa felicidade em beijos, olhos e sorrisos...
Há tanto em mim para você... Fique calma e me dê a mão, pois, hoje eu cuidarei de nós...

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